segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Quando chove é isto

Hoje choveu a bom chover. Lisboa transformou-se numa nova Veneza. As ruas transformaram-se em canais. Em coisa de minutos, as nuvens viraram gigantescos elefantes, despejando sobre a urbe trombas e trombas de água. Mas parece que tal como rapidamente inundaram alegremente as ruas, também com celeridade as abandonaram, caminho do Tejo. Calculem-se os estragos e transtornos. E como em geral sucede, de novo assistimos à repetição da síndroma de Adão: não fui eu, foi ela, não fui eu, diz ela, foi a serpente… Que é como quem diz: preparada a cidade até estava, dizem os edis, mas o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera, sucedâneo do Instituto Meteorológico – esta mania de “complificar” as designações…” não nos alertou. Que é como quem diz: a culpa é sempre dos outros. E, como diz o povo, quem se lixa é o mexilhão, neste caso os munícipes e os transeuntes. Por cá (por Loures) não se sentiu a chuva com tanta intensidade. E vem-me à memória a tragédia que foi 25 de Novembro de 1967 (http://w3.ualg.pt/~jdias/GEOLAMB/GAn_Casos/Lisboa1967/GA35sup1967_CheiasLisboa.html). Na época, por onde andei também não pareceu  que tivessem chovido tantos estragos. O mesmo não disseram os afectados de então. Alguém empresta-me um barco?



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